Os 50 Melhores Blues de 2025
Os 50 Melhores Blues de 2025
Chegar ao fim de um ano é sempre um exercício de escuta. Em 2025, o blues mostrou mais uma vez por que segue sendo uma linguagem viva, em constante mutação, mas fiel às suas raízes emocionais. O Todo Dia Um Blues acompanhou lançamentos, singles, colaborações inesperadas, retornos aguardados e estreias surpreendentes. O resultado é esta lista: Os 50 Melhores Blues de 2025.
Não se trata apenas de ranking. É um retrato do ano. A maioria das faixas aqui presentes foi destaque ao longo dos meses no blog, seja em resenhas completas, notas críticas ou matérias especiais. Ao mesmo tempo, muitos desses discos também apareceram em listas de melhores álbuns do ano em sites e revistas especializadas, confirmando que 2025 foi um ano forte, diverso e criativo para o blues.
Os discos que definiram 2025
Entre tantos singles e parcerias pontuais, alguns álbuns se destacaram como obras completas — coesas, relevantes e com impacto real na cena.
Buddy Guy – Ain’t Done With the Blues
Buddy Guy mostrou que o blues não tem prazo de validade. Aos 80+, o guitarrista entregou um álbum vigoroso, reflexivo e atual. “Blues Chase The Blues Away” abre caminhos para um disco que dialoga com o presente sem perder o peso histórico. Presença constante em listas internacionais de melhores álbuns de 2025, é um trabalho que reafirma sua importância como elo vivo entre gerações.
Bobby Rush – Young Fashioned Ways
Bobby Rush segue brincando com o tempo. O disco mistura tradição, humor e groove moderno, mantendo sua assinatura narrativa afiada. “What Are We Gonna Do” é blues urbano, direto, dançante e social. Um álbum celebrado por sua vitalidade e autenticidade.
Christone “Kingfish” Ingram – Hard Road
Kingfish consolidou em 2025 o que já se anunciava nos anos anteriores. Hard Road é maduro, denso e emocionalmente carregado. “Voodoo Charm” traduz a fusão entre blues elétrico, soul e uma guitarra que fala alto sem exageros. Um dos discos mais citados em listas de melhores do ano.
Samantha Fish – Paper Doll
Versátil e inquieta, Samantha Fish entregou um álbum que flerta com o blues-rock, o soul e a atitude punk. “Can Ya Handle the Heat” é provocação pura, enquanto o disco como um todo foi celebrado pela ousadia estética e força vocal.
Joanne Shaw Taylor – Black & Gold
Um dos trabalhos mais elegantes do ano. Joanne equilibra técnica, emoção e uma escrita mais introspectiva. “Grayer Shade of Blues” não é apenas uma canção — é um estado de espírito. Disco recorrente em resenhas elogiosas na Europa e nos EUA.
Larkin Poe – Bloom
O blues ganhou contornos contemporâneos com as irmãs Lovell. Bloom é moderno, orgânico e conectado com novas audiências. “Easy Love pt. 1” mostra como tradição e frescor podem caminhar juntos.
Walter Trout – Sign of the Times
Walter Trout entregou um álbum urgente, socialmente atento e emocionalmente intenso. “Sign of the Time” dialoga com o caos contemporâneo sem perder a alma blues. Um disco pesado, sincero e muito citado entre os melhores lançamentos do ano.
Taj Mahal & Keb’ Mo’ – Room On The Porch
Dois mestres em plena sintonia. O álbum é caloroso, humano e atemporal. “Junkyard Dog” carrega humor, sabedoria e musicalidade refinada. Um encontro que virou referência em 2025.
North Mississippi Allstars – Still Shakin’
Rústico, elétrico e visceral. O blues de raiz do Mississippi pulsa forte em “Stay All Night”. Um disco que manteve a banda no radar das principais publicações do gênero.
Devon Allman – The Blues Summit
Mais que um álbum, um manifesto colaborativo. Devon Allman reuniu vozes e guitarras para celebrar o blues como linguagem coletiva. “Peace of the World” resume o espírito do projeto.
Mais do que um recorte geracional, a nossa lista atravessa fronteiras geográficas, estéticas e culturais, mostrando como o blues segue vivo justamente por sua capacidade de se fundir, se reinventar e dialogar com o presente. Do DJ e produtor Charlie Beale, que leva o blues para territórios eletrônicos e urbanos, ao guitarrista brasileiro Marcos Ottaviano, celebrando 35 anos de estrada com um disco ao vivo gravado em estúdio, o gênero se expande sem perder identidade. Projetos como Grackles e GA-20 reafirmam a força do blues moderno com os pés fincados na tradição, enquanto Nico Barberan, um dos primeiros artistas a aparecer no Todo Dia Um Blues, confirmou ao longo de 2025 uma fase especialmente criativa, lançando sons inquietos, vibrantes e absolutamente conectados com o agora.
Os 50 Melhores Blues de 2025
Artista
Música — Álbum / Single
01. Buddy Guy
Blues Chase The Blues Away — Ain’t Done With the Blues
02. Bobby Rush
What Are We Gonna Do — Young Fashioned Ways
03. Charlie Musselwhite
Look Out Highway — Look Out Highway
04. Janiva Magness & Sue Foley
Holes — Back for Me
05. Will Wilde
Trouble of That Girl — Wild Man
06. Jimmy Vivino & Joe Bonamassa
Blues in the 21th — Gonna Be 2 of Those Days
07. Joanne Shaw Taylor
Grayer Shade of Blues — Black & Gold
08. Christone “Kingfish” Ingram
Voodoo Charm — Hard Road
09. Samantha Fish
Can Ya Handle the Heat — Paper Doll
10. Nico Barberan & LEID
Funk Friday — Single
11. Grackles
Tulsa Shuffle — Deux: The Grakling
12. Julian Sas
Miles and Memories — Miles and Memories
13. Mitch Ryder
Wrong Hands — With Love
14. Blood Brothers
Help Yourself — Help Yourself
15. Ally Venable & Shemekia Copeland
Unbreakable — Money & Power
16. Larkin Poe
Easy Love pt. 1 — Bloom
17. Tommy Castro
Crazy Woman Blues — Closer to the Bone
18. Joe Bonamassa & Sammy Hagar
Fortune Teller Blues — Single
19. Eric Johanson
Changes the Universe — Live in Mississippi
20. Pepe & os Estranhos
Diablues — Confissões e Outros Blues
21. Marc Broussard
Firefox — Time Is a Thief
22. Walter Trout
Sign of the Time — Sign of the Times
23. Larry McCray
Bright Side — Heartbreak City
24. Doug MacLeod
Memphis In Your Soul — Between Somewhere and Goodbye
25. The Bob Lanza Blues Band
Johnny Jihngo — Breadman’s Blues
26. Mud Morganfield
She’s Get Her Groove On — Deep Mood
27. Bob Corritore & Bobby Rush
I’ve Got Three Problems — Doin’ the Shout
28. Warren Haynes
The Flower and the Knife — Let’s Go Dancing: The Songs of Kevin Kinney
29. Taj Mahal & Keb’ Mo’
Junkyard Dog — Room On The Porch
30. Bob Stroger & The Headcutters
Bob Is Back In Town — Bob Is Back
31. Joe Bonamassa
Trigger Finger — Breakthrough
32. Hughes Taylor
Until It Hits — Roasted
33. John Primer
Born In Mississippi — Born In Mississippi
34. Catfish
Don’t Turn Around — Time to Fly
35. Sugaray Rayford
How the Other Half Lives — Single
36. Marcos Ottaviano & His Blues Band
Faixa em destaque de 2025
37. D.K. Harrell
Grown Now — Talkin’ Heavy
38. North Mississippi Allstars
Stay All Night — Still Shakin’
39. Flaherty Brotherhood
Caught In The Lion’s Jaw — Death Valley Blues Vol. 1
40. Matt T. Mahony
Good Man Blues — Good Man Blues
41. Harvey Mandel
I’m Back Boogie — Sake Walk
42. Brandon Santini
Blues So Bad — Which Way Do We Go
43. GA-20
Cryin’ & Pleadin’ — Orphans
44. Charlie Beale
A Long Time Ago — Bluestronic
45. Devon Allman
Peace of the World — The Blues Summit
46. Robert Randolph
Big Woman — Preacher Kids
47. Kirk Fletcher
Croke — Keep On Pushing
48. Tedeschi Trucks Band & Leon Russell
Feelin’ Alright — Mad Dogs & Englishmen
49. Roomful of Blues
You Were Wrong — Steppin’ Out
50. Alex P. Suter Band
God Gave Me The Blues — Just Stay High
2025 foi um ano em que o blues não apenas resistiu — ele avançou. Entre mestres e novas vozes, tradição e reinvenção, esta lista é um convite para ouvir, revisitar e celebrar.

Comentários
Postar um comentário