Laura Cox: a guitarra que desafia as tempestades
Laura Cox: a guitarra que desafia as tempestades
Entre os relâmpagos do rock e o coração pulsante do blues, surge Laura Cox — uma das guitarristas mais incendiárias e autênticas da cena contemporânea. Filha de mãe francesa e pai britânico, ela nasceu em 24 de novembro de 1990, trazendo em seu sangue o encontro entre duas margens culturais. Desde cedo, aprendeu que a guitarra podia ser um refúgio, uma arma e uma confissão. E transformou tudo isso em som.
Das cordas da internet aos palcos do mundo
A história de Laura Cox é, antes de tudo, uma história de coragem e liberdade criativa. Aos 14 anos, ela pegou uma guitarra e nunca mais largou. Em 2008, ainda adolescente, começou a publicar vídeos de covers no YouTube, tocando clássicos de AC/DC, ZZ Top e Dire Straits. O público percebeu algo diferente ali: não era apenas técnica, era alma bluesy, emoção pura vibrando em cada bend e vibrato.
O sucesso digital rapidamente transbordou para o mundo real. Em 2013, Laura fundou a Laura Cox Band, ao lado do baterista Mathieu Albiac. Vieram os bares, os festivais, a estrada. E então, em 2017, o primeiro álbum: Hard Blues Shot. Um disco cru, elétrico e cheio de atitude. Depois, Burning Bright (2019) confirmou o talento da guitarrista e cantora — riffs potentes, refrões que grudam e a pegada inconfundível do southern rock moderno.
De tempestades e resiliência: o novo álbum Trouble Coming
Em 2025, Laura Cox chega com seu quarto álbum, Trouble Coming, lançado pela earMUSIC. O título não poderia ser mais simbólico: há uma tempestade emocional e sonora atravessando o disco, que mistura blues, rock e nuances introspectivas. A guitarra segue à frente — feroz e lírica —, mas agora acompanhada por letras que falam de autoconhecimento, solidão e resistência.
As críticas internacionais foram unânimes: este é seu trabalho mais maduro e intenso. Revistas especializadas como Fireworks Magazine e Get Ready To Rock destacaram o equilíbrio entre energia e profundidade, riffs explosivos e produção refinada. Faixas como No Need to Try Harder e The Broken trazem o peso clássico do rock, enquanto Out of the Blue mostra uma face mais suave e introspectiva.
“Se você procurava alguém incendiária o bastante para exigir sua atenção, acabou de encontrá-la.”, escreveu o site Rock News UK. A frase resume bem o espírito do disco: Laura Cox está em chamas, mas agora domina o fogo com elegância.
Uma artista entre raízes e futuro
Laura nunca quis ser um fenômeno da internet — ela queria ser uma música completa. E conseguiu. Com o tempo, provou que o virtuosismo só faz sentido quando acompanhado de emoção e propósito. Sua guitarra é o fio condutor de um repertório que flerta com o hard rock, mergulha no blues e acena ao country e ao southern sem perder identidade.
Em entrevista recente, ela afirmou: “Não toco guitarra por ser mulher. Toco porque é o que amo fazer.” É assim que ela encara a estrada: sem rótulos, sem limites. Apenas música, suor e verdade.
Discografia essencial
- Hard Blues Shot (2017)
- Burning Bright (2019)
- Head Above Water (2023)
- Trouble Coming (2025)
O legado que se constrói a cada acorde
Laura Cox já conquistou o respeito de músicos e críticos. Tocou em festivais como Hellfest, Download France e Pol’and’Rock, mostrando que o rock europeu ainda tem fôlego e emoção. Sua presença no palco é elétrica — uma mistura de carisma, técnica e entrega absoluta. “Trouble Coming” é mais do que um álbum: é um manifesto de força e sensibilidade, o retrato de uma artista que encara suas próprias tempestades e as transforma em música.
Hoje, Laura Cox é uma das vozes mais vibrantes do novo rock, e seu som — firme, emocional e contagiante — confirma que o blues ainda vive, respira e encontra novos caminhos nas mãos certas.
© Todo Dia Um Blues.


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