Dia Internacional do Blues: Todo dia é dia de blues — mas hoje é oficial
Um sábado dedicado ao grito mais sincero da música
Hoje,
sábado, 2 de agosto de 2025, o mundo volta seus ouvidos e corações para o
Dia Internacional do Blues, uma data que ecoa como uma nota sustentada no tempo, relembrando a importância de um gênero que nasceu da dor, cresceu na luta e floresceu na arte.
Mais do que uma homenagem, essa celebração é um chamado:
“One Day. One World. One Blues.” — um dia, um mundo, um blues. Uma frase simples que carrega consigo o peso de um século de histórias, vozes, guitarras e espíritos que jamais se calaram.
A origem de um dia necessário
O
International Blues Music Day foi idealizado pelo músico nova-iorquino
Johnny Childs, presidente da NYC Blues Society. Sua proposta era clara: criar uma data fixa, universal, para reconhecer o blues como patrimônio cultural da humanidade. O projeto ganhou corpo em 2011 e culminou na
primeira edição oficial em 3 de agosto de 2013.
Desde então, o
primeiro sábado de agosto passou a ser reservado para essa celebração, reunindo músicos, fãs, pesquisadores e educadores em um só compasso. A escolha do sábado tem um motivo simbólico e prático: permitir que mais pessoas participem, celebrem e se deixem atravessar por essa música ancestral.
Como o mundo celebra o blues
A comemoração é planetária. Dos becos de Chicago às ruas de Tóquio, de bares em Buenos Aires a teatros em Oslo, o blues é celebrado com:
- Shows ao vivo em bares, praças e festivais
- Jam sessions reunindo gerações de músicos
- Exibições de filmes e documentários sobre ícones do blues
- Workshops educativos em escolas e universidades
- Programações especiais em rádios e podcasts dedicados ao gênero
- Publicações em blogs e revistas, como o Todo Dia Um Blues
Tudo isso com um único objetivo:
manter o blues vivo, relevante e pulsante — como um coração que nunca parou de bater.
O Brasil no compasso do blues
No Brasil, a celebração tem ganhado força com o passar dos anos. Coletivos culturais, músicos independentes, casas de show e amantes do gênero têm se unido para promover a data com orgulho. Em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, eventos têm surgido como manifestações sinceras de amor ao blues.
E há também quem celebre em casa, com um disco no toca-discos, uma taça de vinho ou um copo de uísque na mão, e o volume no máximo.
Mais do que notas: um sentimento
O blues é mais do que um gênero. É
testemunho e resistência. É a voz dos que foram silenciados, a canção dos que caminharam quilômetros com sapatos gastos e esperanças afiadas. É a gargalhada de quem perdeu tudo e ainda dança. É a lágrima que não pede permissão para cair.
No Dia Internacional do Blues, celebramos todos eles:
Robert Johnson, Bessie Smith, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Etta James, John Lee Hooker, Koko Taylor, Buddy Guy, Bonnie Raitt, Christone "Kingfish" Ingram — e tantos outros que deixaram sua alma gravada nos sulcos do tempo.
Como celebrar o blues hoje?
A melhor maneira de homenagear o blues é vivê-lo. Aqui vão algumas sugestões:
- Monte sua playlist especial e compartilhe com os amigos
- Descubra um novo artista de blues — há muitos talentos atuais mantendo o fogo aceso
- Leia uma biografia ou assista a um documentário sobre a história do blues
- Compre um disco de vinil — e ouça com calma, como se ouve uma conversa antiga
- Escreva, pinte ou cante. Qualquer expressão que venha da alma é blues
Todo dia é dia de blues — mas hoje é oficial
No
Todo Dia Um Blues, acreditamos que o blues não é uma nostalgia, mas um idioma atual. Que ele está nas ruas, nas dores de hoje, nas promessas de amanhã. Neste
2 de agosto de 2025, celebramos junto com você, leitor e ouvinte, essa música que não apenas nos toca — ela nos transforma.
O blues não morreu. Ele está em casa. Está em você. Está aqui.
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