Marcos Ottaviano And His Blues Band: 35 Anos de Carreira

Marcos Ottaviano And His Blues Band: 35 Anos de Carreira


Foto:Divulgação


Contagem regressiva... 3, 2, 1... 19h, horário de Brasília.

Logo nos primeiros segundos o som rasgante de um slide numa Danelectro 59 reissue, um amplificador Marshall Bluesbreaker e a visão geral da banda no Sapace Blues Studio, em São Paulo. É Marcos Ottaviano And His Blues Band, celebrando 35 anos de carreira.

Aumento o som da TV. Estou sozinho na sala e sinto a mesma emoção das tantas vezes em que já estive cara a cara com o “Marquinhos”, seja nos shows em bares da cidade ou nos lendários estúdios da Brasil 2000 FM. Companhia Paulista de Blues, Blue Jeans, Celso Blues Boy, Fickle Pickle, Márcio Tucunduva e algumas aulas de guitarra, aqui na Pompéia.

Pô, realmente estou emocionado! São 35 anos acompanhando o trabalho e as vitórias desse bluesman brasileiro.

"Minha missão está cumprida, porque há, no mundo, uma banda como a Blue Jeans, representando tão bem o blues." — disse o mestre B.B. King, em 2004.

"Professor, talvez você possa me dar algumas aulas?" — indagou Ron Wood, guitarrista dos Rolling Stones, durante uma session no Bourbon Street.

São 35 anos de uma carreira sem igual: livros didáticos, participações em vários projetos, o DVD com Magic Slim... Parabéns, meu amigo, você merece todo reconhecimento do mundo!

A apresentação durou 30 minutos. A mixagem deixou o som encorpado. “When The Music Stops”, de Ottaviano e André Christovam, foi a música escolhida para dar início à celebração. Nos vocais, Vasco Faé, outro grande músico que conheci na época da Irmandade do Blues, banda do ABC Paulista.

Aliás, quem aqui não é estelar? Marcelo Ottaviano na segunda guitarra, André Freitas nos teclados, David Rangel no baixo e Humberto Zigler na bateria. Essa é a Blues Band de Marcos Ottaviano.

E o show não pode parar. A edição está perfeita.

“Trouble In Mind”, “Got To Move” do lendário Elmore James, “Three O'Clock Blues” de Lowell Fulson, “Come Back Home”, parceria de Ottaviano com o grande Junior Moreno, “Georgia Women” de R. L. Burnside (precisamos falar de Burnside aqui no blog; o cara era sensacional), “Rock Me” e “I Ain't Got You” encerram a sessão.

Fica aquele gostinho de “quero mais”? É claro que sim! Mas temos a vida pela frente, e que Marcos Ottaviano continue celebrando o blues com todo o respeito e paixão que sempre permearam seu trabalho.

Vai lá, professor, continue nos ensinando a ouvir o som que vem da alma.


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