Louisiana Red: Do Alabama à Alemanha
Louisiana Red: Do Alabama à Alemanha
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Louisiana Red, 1975. Foto: David Redfern/Redferns |
Louisiana Red, cujo nome de nascimento era Iverson Minter, nasceu em 23 de março de 1932, em Bessemer, Alabama. A vida de Red foi marcada por uma série de eventos dramáticos desde muito jovem. Após a trágica morte de sua mãe devido ao envenenamento por gás e o linchamento de seu pai pelo Ku Klux Klan, Red enfrentou uma infância repleta de desafios. Esses eventos traumáticos influenciaram profundamente sua música, infundindo suas canções com uma tristeza crua e emotiva que se tornaria sua marca registrada.
Durante a Guerra da Coreia, Red serviu no exército dos Estados Unidos, uma experiência que mais uma vez moldou sua visão de mundo e sua música. Após seu retorno, ele se estabeleceu em Detroit e começou a gravar suas primeiras músicas. Sua habilidade natural para o blues, combinada com suas letras comoventes, logo atraiu a atenção de várias gravadoras.
A discografia de Louisiana Red é extensa e variada, mas um de seus álbuns mais notáveis é "New York Blues", lançado em 1979. Este álbum exemplifica seu talento bruto e sua habilidade em capturar a essência do blues urbano. Canções como a faixa título, "I'm In Trouble", "Chain Gang Blues" e "Gasline Blues" são destaques que demonstram sua maestria em transmitir emoção através da música.
Durante as décadas de 1960 e 1970, Red se apresentou extensivamente e colaborou com várias gravadoras importantes, incluindo Chess, Checker, Atlas, Glover, Roulette, L&R e Tomato. Sua habilidade como guitarrista e cantor fez dele um colaborador valioso em muitas sessões de gravação, e ele frequentemente trabalhava ao lado de outros grandes nomes do blues.
Em busca de novas oportunidades e talvez de uma fuga dos problemas sociais e raciais nos Estados Unidos, Louisiana Red mudou-se para a Alemanha no início dos anos 1980. Lá, ele encontrou uma nova base de fãs e continuou a gravar e se apresentar até o fim de sua vida.
Louisiana Red faleceu em 25 de fevereiro de 2012, aos 79 anos, vítima de um derrame. Seu estilo autêntico e profundamente emocional é uma garantia que sua música permanecerá relevante por muitas gerações. Aumente o som das caixinhas e vamos aos blues!
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